Esta semana mais uma conhecida figura pública é recordada com saudade. Senhora do Fado, foi graças a ela que este estilo musical se firmou e ganhou contornos nunca antes imaginados. Depois de si muitos lhes seguiram os passos mas jamais algum se evidenciou tanto quanto ela, a Diva do Fado, Amália Rodrigues.
"Desde que existe a morte, imediatamente a vida é absurda. Sempre pensei assim." - Amália
Amália da Piedade Rodrigues nasceu em 1920, em Lisboa, filha de pais naturais da Beira Baixa. A data certa do seu nascimento é desconhecida, contudo, em documentos oficiais nasceu a 23 de Julho. Contrariou tais documentos e sempre considerou o seu aniversário no primeiro dia desse mesmo mês. Amália era uma mulher de fortes convicções.
Quando se estreou profissionalmente no Retiro da Severa, em 1939, o fado tinha ainda pouco mais de um século. Fora uma tradição nascida nos bairros populares de Lisboa nas primeiras décadas do século XIX, no seio de uma atmosfera quase marginal, igualável apenas ao sucedido posteriormente com o hip-hop.
Dos velhos 78 rotações por minuto ao CD, a extensa e versátil obra discográfica de Amália Rodrigues é naturalmente reconhecida como uma das mais importantes e marcantes da história da música portuguesa. Hoje, exige-se que o Fado seja reconhecido como património imaterial da humanidade e se tal aconteceu deve-se em parte a ela, conhecida Mundialmente como Diva do Fado.
Amália Rodrigues, contava 79 anos quando foi encontrada sem vida às oito horas da manhã do dia 6 de Outubro pela sua secretária particular. Logo de seguida, o Primeiro Ministro António Guterres decretou três dias de luto nacional pela morte de Amália. Desde então o Fado nunca mais foi o mesmo e por muito que o reinventem nunca mais terá aquela sua graça que só Amália lhe conseguia dar.
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