A actriz Dalila Carmo está actualmente a viver em Madrid desde o final de Sedução, o seu último projecto em televisão, no entanto o regresso está para breve, mesmo sendo em algo que já não a cativa tanto: as novelas. Apesar de ter participado em muitas produções da TVI, a actriz sente que o formato da telenovela sofreu um desgaste e que novas apostas em novos géneros serão bem vindas. Ainda assim, a sua relação com a estação de Queluz é inabalável e não pensa trocar de "casa" tão cedo.
"Tenho uma ligação com a TVI de uns 14 anos, é a minha segunda casa, e isso é uma coisa que não se esquece. Os pais e os tios entretanto mudaram de casa, vieram outros, mas ali sinto-me em casa. Sinto-me grata e quero-lhes dar retorno. Não estou feliz em Madrid e uma das razões é porque gosto de trabalhar. Se calhar preferia em vez de ter 30 cenas para gravar por dia, ter só dez. Mas adoro trabalhar e adoro estar ali. O último trabalho que fiz foi a novela do Rui Vilhena, Sedução, e à partida teria um papel com pouca incidência, mas acabei por estar seis meses sem ir a Madrid. É um sofrimento. Uma pessoa que esteja a fazer uma novela não tem direito a vida. Agora fiz um telefilme, mas vou ter de fazer uma novela proximamente", revela em entrevista ao semanário SOL.
Sobre a sua opção, esclarece que "prefiro outros formatos, toda a gente sabe. A novela é o formato onde tenho menos espaço para desenvolver uma personagem. Por outro lado, também é o que me dá mais rapidez e jogo de cintura… É muito difícil fazer novela. Trabalha-se à séria. As pessoas não têm noção! A novela é uma grande escola se, obviamente, o actor for minimamente estruturado. Senão pode deixar-se deslumbrar pela máquina e ficar toda a vida a fazer a mesma coisa. Cada novela que faço, não me sobra nada para ter vida. São dez meses da minha vida em que vou de casa para o estúdio e daí para casa. Chego às folgas e estou de cama", afirma.
Fonte: O Informador
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