Crítica: Boa Tarde ou nem por isso?

Conceição Lino é uma apresentadora que já deu provas do seu talento, no entanto, quando se trata de assuntos menos informativos, tal como o programa 'Boa Tarde', a coisa muda um pouco de figura. Já não é a primeira vez que o pouco à vontade perante o seu novo estatuto de entertainment transparece para lá do estúdio e da câmara, em casa.
No programa de ontem, por exemplo, a câmara focava a apresentadora mas esta, sem saber, tentava perceber o que lhe era dito pelo auricular, fazendo expressões faciais nada dignas de si. Passar pela frente das câmaras enquanto estas transmitem algo também é frequente e os momentos mortos, de longas pausas, em nada abonam a favor do programa e da apresentadora.
Conceição Lino esforça-se por parecer natural e o tempo fará com que o pareça, é empenhada no que faz e isso vê-se, o que não se vê, ainda, é uma apresentadora dinâmica e desembaraçada. A seu tempo lá chegará mas enquanto tal não acontece há coisas que deviam ser repensadas e analisadas. Talvez um co-apresentador não fosse mau de todo, dividindo o tempo de programa entre si e a apresentadora, a inserção de novos espaços e rubricas também devia ser uma aposta e por que não, aproveitar o público e fazer do programa algo mais divertido. Afinal é de uma 'Boa Tarde' que todos nós precisamos...