terça-feira, 13 de julho de 2010

Crítica: SIC moribunda

Há muito que o primeiro canal privado português anda moribundo, devido em grande parte ao crescimento do seu maior concorrente, a TVI. Apesar desta última ter crescido em audiência e na consideração do público, o que é certo é que o desnorte de Carnaxide não se deve apenas a tal acontecimento. Se olharmos bem para a grelha que a estação nos apresenta diariamente temos um déjà vu. A grelha é constituída maioritariamente por programas ocos e pouco atractivos, repetidos e enfadonhos. A estação está a entrar no fundo do posso e a fórmula de outros tempos, baseada no humor, parece já não resultar. De manhã temos um programa pouco apelativo e sem rumo, com apresentadores que não conseguem cativar o público e claramente sem conteúdo interessante. De tarde, com a saída de Fátima Lopes, o programa perdeu ainda mais, mesmo com o bombeiro de serviço a actual da melhor forma que sabe. O programa não foi claramente adaptado ao novo apresentador, José Figueiras. Por fim, à noite é o pior. Com as paredes do Salve-se Quem Puder sem qualquer tipo de inovação relativamente ao ano passado e sem o efeito novidade, o programa mergulhou nos maus resultados. A série Aqui Não Há Quem Viva, é a única coisa que ainda salva a SIC, ainda que tenha um cheiro a mofo por já ser antiga. O elenco de luxo e a comédia, por vezes nem sempre fácil, são ingredientes que parecem agradar aos telespectadores. Já era hora de a SIC apostar em algo assim, nem que seja a continuação da mesma, num outro prédio com outros inquilinos. Por fim e mais dramático é o tratamento dado à produção da Globo, Passione. A novela é empurrada cada vez para mais tarde, num horário que poucos vêem. Por conta disso já são vários os rumores de que a parceria entre SIC e Rede Globo não anda nos seus melhores dias e que pode mesmo terminar, ainda que tivessem assinado recentemente um contrato de co-produção de novelas.

Sem comentários:

Enviar um comentário