domingo, 20 de junho de 2010

Viver em Sociedade – Vidas de Luta


A tradição está a perder-se, já nada é como fora e mesmo o que é actualmente deixará de ser no futuro. Os tempos mudaram, as vontades também. A ocidental praia lusitana é agora apenas uma passagem histórica, como será no futuro o presente agora vivido.
Outrora foram tempos complicados de passar, atravessar, aguentar. Tempos sofridos, destemidos mas vencidos. Sem os tempos passados o presente não seria possível de ser vivido pois o que agora é vivido será o passado do nosso futuro, presente do nosso amanhã.
Isto tudo serve para falar do nosso presente e do nosso futuro. É complicado fazer perspectivas para o futuro quando se vê um presente muito instável e com tendência a pior, contudo foram essas perspectivas que nos colocaram onde hoje nos encontramos. Se não fossem os nossos pais, os nossos avós, a lutarem para que hoje tivéssemos um presente melhor do que o presente das suas épocas ainda hoje estaríamos como eles ou então pior. A tendência para evoluir não teria sido uma realidade e estaríamos iguais ou pior do que eles, a viver num pais à procura do desenvolvimento que nunca iria encontrar.

Hoje reclamamos muito, por vezes sabendo que não temos razão, mas continuando a reclamar. Reclamamos por muito pouco em comparação àquilo por que já foi vivido e reclamamos sem saber o porquê das coisas acontecerem. Reclamar, falar mal e jamais dizer bem é um princípio que se impõe logo desde cedo. Não importa o porquê, é bom e faz bem. Faz-nos sentir melhor, maiores, reivindicativos, senhores da razão. O problema é que ao reclamarmos estamos a olhar apenas para nós. Se tivéssemos cientes daquilo porque muitos passam e continuam entre nós sem reclamar teríamos vergonha de nos queixarmos do que quer que fosse. Reclamar, ainda que faça parte da vivência em sociedade e seja um direito de todos é por vezes uma forma infundada de chegar ao outro. Em vez de reclamarmos tanto propunha pensarmos primeiro no que queremos dizer e então sim, depois, falar. Falar abertamente, directamente e sem rodeios. Expor as nossas ideias e batalhar para alcançar o que queremos, pois só batalhando muito se consegue sobreviver na selva em que se está a tornar o mundo civilizado. Só batalhando é que se consegue um futuro melhor, pois o nosso presente já foi o futuro de alguém, aquilo porque alguém um dia já batalhou!

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