domingo, 21 de março de 2010

Viver em Sociedade: Tela das Desigualdades!

 
A rubrica que o acompanhava todas as semana ao domingo está a chegar ao fim. "Ídolos do Youtube" vai de férias, deixando no seu lugar uma rubrica semelhante. Se até agora encontramos boas vozes no Youtube, em Abril vamos à procura de dançarinos! É isso mesmo, depois da febre da música, chegou a vez da dança! Assim, em Abril, a Dança chega ao blog...
Enquanto isso, foram preparadas rubricas especiais para os domingos. "Viver em Sociedade" é a rubrica que substitui "Planeta Corpo" em termos de conteúdo mas, sendo mais geral, permite falar de tudo.  A primeira rubrica fala de categorizações, tentando de algum modo alertar para o que se passa ao seu redor, mostrando-lhe que por vezes, um simples gesto, pode fazer toda a diferença na vida de alguém!

Quantas vezes passa na rua e por instinto vira a cara, muda de direcção ou disfarça a situação ao ver uma pessoa que lhe causa repulsa? Mendigos, Obesos, Deficientes, Idosos, toda uma população que é descriminada apenas por ser diferente dos padrões normais sociais. Já pensou no que vai pelas suas cabeças quando se apercebem disso? Como ficaria se alguém se sentisse desconfortável apenas com a sua presença? De certo não iria gostar. Se se enquadra nas "categorias" acima referida com certeza sabe do que falo, é quase impossível não se sentir mal. A sociedade está formatada para certos padrões e tudo o que fuja deles é considerado "defeituoso", logo posto de parte. 
Tudo funciona de maneira simples, imaginemos a sociedade actual como uma fábrica. As peças boas são automaticamente aprovadas, as más reprovadas e colocadas de lado para dar origem a outras. Infelizmente na nossa sociedade também é assim, com a excepção de que o "produto defeituoso" não pode ser transformado num novo sem problema. Não pode ser transformado mas pode ser adaptado, e é essa adaptação que é preciso fazer agora. Não só adaptar à sociedade o que ela rejeitou, mas também trabalhar na sociedade a inserção do que foi rejeitado. Assim, ambas as partes iriam estar aptas a darem-se uma nova oportunidade e quem sabe viver bem em harmonia. 
Tudo não passa de uma obra inacabada que a cada pequena vitória, tal como esta, se vai preenchendo um pouco mais, até ficar concluída. No entanto, há que dar o primeiro passo para que tal aconteça, o que ninguém está disposto a fazer. Se o artista não pintar, a tela não se conclui e a obra não nasce!

Anselmo Oliveira 

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