A rubrica de hoje centra-se num tema ainda tabu na sociedade, apesar dos esforços para que tal deixe de o ser. A educação sexual nas escolas é, ainda hoje, uma luta com dois lados opostos: uns querem ter, outros nem podem ouvir falar dela... A sociedade de hoje não é mais a sociedade conservadora de à anos, evoluiu, timidamente, mas evoluiu. No dia em que os estudantes se fizeram ouvir, apelaram para a integração das aulas de educação sexual nos planos curriculares, pois vêem o tema como uma peça fundamental no seu desenvolvimento, procurando através dele obter respostas para as perguntas típicas da idade...
Em pleno século XXI falar em sexualidade ou sexo entre os jovens, é ainda tabu. Muito mais, se abrangermos a sexualidade a toda a população, incluindo os mais velhos, cuja vida sexual, nas mentes ainda conservadoras, termina após o nascimento dos filhos.
Contudo, muitas são as queixas sobre as jovens adolescentes grávidas. Perguntas simples e básicas como por exemplo, como colocar um preservativo ou como tomar a pílula, podem ser respondidas nestas aulas, evitando que os "descuidos" aconteçam. Muitos jovens não têm qualquer tipo de acompanhamento médico ao iniciarem a sua vida sexual, o que pode trazer diversas consequências, tais como a gravidez indesejada, as doenças sexualmente transmissíveis, os cuidados higiénicos a ter, entre outros.
Se abordar um tema banal como a sexualidade é ainda tabu num país em que a responsabilidade é exigida aos jovens, acabam por ser estes os mais penalizados por quem a exige...
Com isto, coloca-se uma questão: De quem é a responsabilidade? Dos jovens que têm relações ou daqueles que lhes vetam o direito à informação?
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