É no dia 8 de outubro que recordamos mais uma personalidade esquecida dos ecrãs nacionais, mais uma pessoa possuidora de talento que, pelos mais variados motivos, desapareceu sem deixar rasto. Rita Viegas, deu nas vistas numa das muitas temporadas de Morangos com Açúcar, no papel de Vitalina Antunes, mais conhecida por Vicky. Antes disso, e em 2003, participou na primeira temporada de Operação Triunfo, tendo ficado entre os dezasseis melhores concorrentes. Foi lá que conheceu Edmundo Vieira, elemento da banda D'ZRT, com quem partilhou o palco do Pavilhão Atlântico na despedida da banda de Angélico Vieira.
Tendo participado igualmente em Floribella, no papel de Dália, a atriz e cantora deu um salto na representação quando, em 2006, foi convidada para participar numa telenovela portuguesa da estação de Carnaxide. Em Jura, deu vida a Marta, despindo-se de preconceitos ao lado de outras tantas profissionais. Ana Rocha, foi uma delas, já aqui destacada na rubrica de sábado à noite d'A Televisão.
Começou a sua carreira muito cedo. Aos 4 anos já dava os primeiros passos no cinema. Mais tarde, fez ballet e cresceu como atriz no Teatro Independente de Oeiras. Não esquecer igualmente outros projetos televisivos nos quais esteve envolvida até 2003, nomeadamente Os Reis do Estúdio, Santa Casa e Passeio dos Alegres.
Tirou um curso em fotografia, outra das suas paixões, e participou em várias peças de teatro, uma das quais da autoria de Filipe Lá Féria. Em A Canção de Lisboa, interpretou uma das costureiras amiga da grande Beatriz Costa.
Assim, e sendo dotada em três áreas muito importantes (canto, dança e representação), não entendo como Rita Viegas não mais apareceu nos ecrãs das generalistas ou dos canais temáticos. Apesar de, em Morangos com Açúcar, não ter tido um grande papel, em Jura, a história foi outra. A atriz deu nas vistas, mostrou que tinha talento. No entanto, questiono: será que a novela da estação de Carnaxide lhe fechou as portas? Numa altura em que a ficção da SIC está a crescer, porque não compensar Rita Viegas com um regresso à representação?
Já é altura!
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